segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Música ao vivo, voz e violão - RJ - Rio de Janeiro - Cantor Felipe Medeiros

Nos idos dos anos 1920, os contos reunidos em “Brás, Bexiga e Barra Funda”, de Antônio de Alcântara Machado, narravam a vida de Carmelas e Gaetaninhos em bairros que traduziam a transformação de São Paulo, de vila em metrópole, com fábricas e operários de ascendência italiana.
Quase cem anos depois, a casa da família Melli virou um estacionamento na rua Barra Funda. E Machado se impressionaria com as novidades que movimentam o bairro de mesmo nome, ainda residencial, de resistentes e baixas construções do século passado.
O rock é a trilha sonora de bares recém-abertos na Barra Funda, como o Scar e o A Dama e os Vagabundos, assim como tem sido há anos no veterano Bar do Val. Para estender a noite sem atrapalhar a vizinhança, a baixada do viaduto Pacaembu, menos habitada, se encheu de baladas, como o V.U. e o Fabrique.
Do outro lado da linha do trem, se instalou a alta cozinha, com dois dos mais destacados restaurantes da capital, o Capivara e o Komah. E o espaço cultural Breu foi se juntar ao centenário Theatro São Pedro e ao moderno Memorial da América Latina. Aprofunde-se.

ESPAÇOS CULTURAIS

Casa Mário de Andrade
Em um dos poemas da “Lira Paulistana”, o escritor Mário de Andrade (1893-1945) diz: “Nesta rua Lopes Chaves/ Envelheço, e envergonhado/ Nem sei quem foi Lopes Chaves”. Em outro, faz uma espécie de testamento em que indica lugares em São Paulo onde devem ser enterradas partes de seu corpo: “Na Lopes Chaves a cabeça/ Esqueçam”. E é com sua cabeça, em bronze, feita a partir de molde de sua máscara mortuária, que o visitante da casa de número 546 dessa rua se depara logo na entrada. A residência de Mário de 1921 até sua morte hoje abriga um museu dedicado à vida e à obra do poeta. Ali, é possível conhecer mais sobre um dos moradores mais ilustres que a Barra Funda já teve. O local promove ainda oficinas, cursos e palestras. Logo ao lado, uma rua leva o nome do modernista.
Casa Mário de Andrade - R. Lopes Chaves, 546, Barra Funda, região central, tel. 3666-5803. Ter. a dom.: 10h às 18h. Livre. GRÁTIS
Espaço Breu
Ocupando um galpão no bairro há pouco mais de um ano, o Breu é uma mistura de galeria, ateliê e espaço para performances e oficinas. No vão livre do primeiro andar, recebe exposições, cursos e debates. No segundo piso estão localizados os ateliês de experimentação de seis artistas: Gabriel Pitan Garcia, Júlio Lapagesse, Pedro Ivo Verçosa, Rafaela Foz, Renata Casagrande e Virgílio Neto. Até o dia 7/8, o local apresenta a série de pinturas “Arquétipos”, de Renato Rios, em diálogo visual com o conjunto de esculturas “Cubo”, de Laura Vinci. No próximo dia 8/8, começa um curso sobre criação artística e as ideias do filósofo francês Henri Bergson com o professor Franklin Leopoldo e Silva e o pesquisador Marcos Camolezi, ambos da USP.
R. Barra Funda, 444, Barra Funda, tel. 3663-6899. Qua. a sex.: 15h às 18h. Sáb.: 11h às 15h. Livre. GRÁTIS
Galpão Fortes D’Aloia & Gabriel
O local é uma das unidades da galeria que um dia se chamou Fortes Vilaça e que hoje é tocada por Márcia Fortes, Alessandra d’Aloia e Alexandre Gabriel. Há ainda seções na Vila Madalena e no Rio. O vasto espaço do galpão da Barra Funda permite mostras com obras em grandes formatos. Até sábado (28), a dupla formada pelo britânico Simon Evans e pela americana Sarah Lannan, que já esteve na 27ª Bienal de São Paulo e expôs no Palais de Tokyo, em Paris, exibe 15 trabalhos inéditos, criados a partir de colagens de objetos cotidianos encontrados nas ruas. A instalação que dá nome à mostra, “Shopping Chão”, é inspirada no comércio informal do Rio de Janeiro, onde a dupla morou por três meses.
R. James Holland, 71, Barra Funda, tel. 3392-3942. Ter. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 18h. Até 28/7. Livre. fdag.com.br. GRÁTIS
Galpão Tripé de Circo e Teatro
Este galpão que antes servia de depósito de material de construção em meio a casas e prédios baixos ganhou vida nova em 2015. Hoje, ele abriga três companhias de teatro e circo: a Cia. do Funil, a Rué La Companhia e o Circo di Sóladies. Sem atividades agendadas na sede, a Cia. do Funil está se apresentando em festival na Espanha, o grupo de palhaças mulheres Sóladies mostra em seu canal de YouTube um diário de bordo da criação do novo espetáculo, “Choque-Rosa”, e os atores e palhaços da Rué La Companhia promovem apresentações que misturam circo e literatura em bibliotecas municipais. A próxima acontece na quinta (2), na biblioteca Raul Bopp, na Aclimação, às 14h.
R. Lopes Chaves, 72, Barra Funda, tel. 3661-5205. 50 lugares. Seg. a sex.: 14h às 22h. Livre. Não aceita cartões.
Kasulo - Espaço de Cultura e Arte
A antiga Cia. Borelli, do coreógrafo Sandro Borelli, agora se chama Cia. Carne Agonizante e ocupa, desde 2009, esta sobreloja junto da Cia Fragmento de Dança, de Vanessa Macedo. O local é palco de apresentações de dança, workshops e cursos. Em agosto, oferece aulas para bailarinos. O projeto mensal Terça Aberta no Kasulo, em que artistas mostram seus trabalhos de dança, teatro ou performance, acontece no dia 7/8, às 17h. Após a apresentação, o público conversa com Macedo e a atriz Janaína Leite, curadoras do projeto.
R. Sousa Lima, 300, sobreloja, Barra Funda, tel. 3666-7238. Seg. a dom.: 17h30 às 22h. 18 anos. Não aceita cartões.
Teatro do Núcleo Experimental
O espaço é da companhia Núcleo Experimental, e de seu braço infantil, o Teatro do Bardo, dos diretores Zé Henrique de Paula e Fernanda Maia. A companhia, que nasceu em 2005 com o intuito de investigar novos autores e readaptar clássicos, esteve recentemente no Sesc Consolação com “1984”, espetáculo pelo qual concorre ao prêmio Shell de melhor cenário e que volta ao cartaz em outubro, no Teatro Porto Seguro. Por enquanto a casa não tem programação para os próximos dias, mas dá para tomar um chá ou um expresso no Café do Núcleo, que fica no hall.
R. Barra Funda, 637, Barra Funda, tel. 3259-0898. 65 lugares. Seg. a sex.: 9h às 18h.
VEM AÍ
Ateliê Dragão
Os artistas plásticos Frederico Heer, Guilherme Boso e Tobias Barletta abrem, na segunda quinzena de agosto, este espaço que promete reunir ateliês para uso coletivo com orientação técnica, oficinas e workshops. No segundo andar do edifício, eles estão montando uma gráfica artesanal com prensas para serigrafia, xilogravura e gravura em metal.
R. Dr. Sérgio Meira, 41, Barra Funda. ateliedragao@gmail.com

COMES E BEBES

A Baianeira
No começo, a casa da chef Manuelle Ferraz servia apenas saborosos pães de queijo feitos com queijo de leite cru que ela busca em sua terra, o Vale do Jequitinhonha, e que ainda dão as caras por ali. Desde o início deste ano, contudo, Ferraz passou a se dedicar mais às receitas do dia a dia, com sabores da roça e que, por ali, buscam combinar temperos do norte de Minas e da Bahia. Entre as receitas, podem aparecer o nhoque de batata-doce com creme de requeijão de corte ou o picadinho.
R. Da. Elisa, 117, Barra Funda, tel. 2538-0844. 17 lugares. Ter. a sáb.: 9h às 17h. $ 
A Dama e os Vagabundos
O rock sai da vitrola do bar e é tema de cartazes, quadros e tudo o mais desta casa com ar vintage. Aconchegado num sofá ou numa das mesas na calçada, dá para pedir o Porco de Tira, costelinha de porco cortada em tira com mandioca na manteiga de garrafa e queijo de coalho tostado com mel ou o pão com linguiça, com chimichurri e cebolete. Para beber, há drinques clássicos como o boulevardier e o Tom Collins, e criações da casa, como o CFC, com Cynar, Fernet e Campari, além de cervejas e doses.
R. Sousa Lima, 43, Barra Funda, s/ tel. 30 lugares. Qua. a sex.: 18h às 22h30. Sáb.: 15h às 22h30. Não aceita tíquetes.
Alquimia Rotisseria e Restaurante
Numa simpática casinha amarela de esquina fica este restaurante com cara de interior, ornado com utensílios de cozinha em cobre e pratos decorativos pendurados nas paredes. Além de comida para levar, como massas e carne de porco (destaque para o joelho), há também mesas nas partes interna e externa, com guarda-sóis, onde dá para provar risotos ou ostras gratinadas.
R. Sousa Lima, 174, Barra Funda, tel. 3667-2600. Seg. e ter.: 8h às 19h. Qua. a sex.: 8h às 21h. Sáb. e dom.: 8h às 18h. $
Armazém Garnizé
Inaugurado em outubro, o barzinho de estilo hipster e trilha sonora roqueira fica numa área bem tranquila do bairro, atrás da paróquia São Geraldo das Perdizes. Da cozinha saem tábuas de frios e embutidos, montadas com ingredientes à escolha do cliente (há opções como queijos serra da Canastra ou meia cura, pancetta e chorizo espanhol), além de hambúrgueres. Para beber, oferece chopes e cervejas especiais.
Lgo. Pe. Péricles, 110, Barra Funda, tel. 3662-0073. 44 lugares. Ter. a sex.: 17h às 23h. Sáb.: 16h às 23h30. Dom.: 16h às 22h30.
A música ao vivo pode trazer momentos únicos sua festa. Trabalhamos em todo o RJ. Os formatos são de voz e violão para o seu barzinho ou banda para casamento, festa, formaturas etc. Atendemos todo Rio de Janeiro, com certeza um dos nossos pacotes será barato para você. Nossa página: 
https://cantorfelipemedeiros.blogspot.com  
https://www.facebook.com/cantorfelipemedeiros


Bar do Zóio
Vizinho a uma praça e pertinho do Minhocão, o boteco reúne público animado com apresentações de música ao vivo e rodadas de cerveja em garrafa de 600 ml. O menu de comes reúne clássicos de bar: frango a passarinho, fritas, salgados —faz sucesso a coxinha— e sanduíches na chapa.
R. Conselheiro Brotero, 590, Barra Funda, tel. 3661-9175. 60 lugares. Seg. a sáb.: 6h às 24h. Dom.: 8h às 22h.
Bendito Café
O simpático café de clima familiar abriu as portas em janeiro. As bebidas quentes seguem a linha tradicional —há expresso, macchiato e cappuccino. O café coado é no estilo drip coffee, servido em sachê individual e preparado na mesa. Para adoçar, aposte na sericaia, doce português feito com gemas, açúcar e leite condensado. Atenção ao sorvete de tapioca, preparado ali mesmo.
R. Lavradio, 503, Barra Funda, tel. 4117-6024. 48 lugares. Seg. a qui.: 7h30 às 19h30. Sex.: 7h30 às 23h.

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